1.1 QUANDO SER SUFICIENTE NUNCA É O BASTANTE

Homem frustrado diante de uma pilha de papéis e computador, simbolizando o sentimento de inadequação e a luta para atender expectativas inalcançáveis.

Texto de introdução | Espaço de Acolhimento

O despertador toca. O som insistente corta o pouco de sono que arrancaste da noite. Não é apenas o barulho que te incomoda, mas o que ele simboliza: o início de mais um dia em que tu precisas ser suficiente para tudo – e para todos. Porque, de alguma forma, acreditas que só depois de cumprir isso, poderás descansar.

Teus pés tocam o chão frio. Por um instante, desejas voltar à cama, mas a lista de tarefas já marcha em tua mente, como soldados sem trégua. Café? Nem tempo para isso. Um gole de água e o pão amanhecido da noite anterior têm que bastar. Afinal, o relógio não espera – e tu tampouco podes.


No Trânsito e No Trabalho: O Peso da Suficiência

As ruas são um caos: buzinas, rostos apressados, passos ligeiros. Tudo ao teu redor reflete a tua mente inquieta. Olhas ao redor e te perguntas: “É assim para todo mundo?”

No escritório, não há pausa para respirar. Cada e-mail, cada notificação exige algo de ti, como se o mundo dependesse de tuas respostas imediatas. As reuniões atropelam teu tempo, roubam teu espaço, e tua atenção já fragmentada parece insuficiente para dar conta de tudo.

Quando o almoço chega, acreditas que seja tua chance de resgatar um pouco de leveza. Tentando trazer à tona tuas angústias, chamas um amigo para conversar. Ele aparece, mas está tão apressado quanto tu. Entre um gole de café e mensagens no celular, ele ouve metade do que tens a dizer, suspira, e te deixa com um: “É complicado, né? A gente se fala depois.”

E tu voltas ao trabalho, sentindo que o vazio aumentou. Não é que não sejas importante. É que o ritmo não deixa espaço para mais ninguém.


O Silêncio de Casa: Uma Dor Que Não Desaparece

A noite chega, e com ela a promessa de descanso. Mas o que te espera é o peso acumulado do dia: a pia cheia, o lixo transbordando, as tarefas não concluídas. Tu te deitas, mas o sono não vem. No travesseiro, os pensamentos giram como redemoinhos: “Será que um dia eu vou ser suficiente?”

Em algum momento, desistes. Levantas-te, calças os sapatos e saes. Não há um destino, apenas o desejo de respirar.


A Porta Que Te Chama

A rua está calma, e o ar da noite é fresco. Caminhas sem rumo, até que a vês: uma porta simples, com madeira desgastada. Há uma luz quente que escapa pelas frestas, e o cheiro que vem dali é uma memória: pão quentinho, café passado na hora. Algo nela te prende.

Hesitas. “Será mais uma coisa para resolver?” perguntas a ti mesmo. Mas um impulso, quase visceral, te leva a girar a maçaneta. O metal é frio, mas o gesto aquece algo dentro de ti.

Empurras a porta.


O Abraço Que Não Exige Nada

Lá dentro, o calor que te envolve não é apenas físico. É como um abraço. A luz suave do ambiente parece feita para te receber. Não há vozes que te cobrem, nem demandas que te aprisionam. Apenas um espaço que sussurra: “Tu podes descansar agora.”

Pela primeira vez em muito tempo, teu corpo relaxa. Não sabes o que te espera além dessa porta, mas algo em ti reconhece: encontraste um lugar para respirar.


O Primeiro Passo

Esse é apenas o começo da jornada. O tu ainda não sabe, mas a porta que escolheu atravessar é mais do que um refúgio. É um convite. Aqui começa a descoberta do que significa viver – não para ser suficiente, mas para ser genuinamente humano.


Pronto para atravessar a tua própria porta? Descubra o que significa ser genuinamente humano. Acompanha-nos nesta jornada e encontra o teu refúgio.

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