Um Mundo para Autistas: O Equilíbrio Entre Ordem e Respeito à Singularidade


Imagina um mundo onde os sentidos não são uma prisão, mas uma experiência ajustável. Um mundo que não força ninguém a se encaixar, mas que se molda para acolher todas as formas de ser.

📢 Esse é o mundo que respeita a neurodivergência.


📌 1. O Mundo Seria Menos Barulhento

📌 Nada de buzinas repentinas, sirenes estridentes ou microfones mal ajustados. Os sons seriam suaves e ajustáveis, permitindo que cada um regulasse o volume de acordo com sua necessidade.
📌 Restaurantes, mercados e escolas teriam espaços de silêncio. Ambientes com ruído branco e iluminação controlada para evitar sobrecarga sensorial.
📌 Eventos teriam regras claras sobre som ambiente. Nada de música alta sem necessidade.

📍 O resultado? Um mundo onde autistas poderiam caminhar nas ruas sem medo de serem esmagados por um turbilhão de sons que os desestabilizam.


📌 2. Comunicação Clara e Direta

📌 Ninguém se ofenderia com respostas curtas e diretas.
📌 As entrelinhas deixariam de ser um jogo obrigatório. Se tu dizes algo, que seja exatamente o que queres dizer.
📌 Sinais sociais seriam opcionais. Se alguém não olha nos olhos, isso não seria visto como falta de respeito ou desinteresse.

📍 O resultado? Um mundo onde ninguém precisaria adivinhar o que o outro quer dizer – tudo seria claro, transparente e sem segundas intenções ocultas.


📌 3. Espaços Planejados para a Comodidade Sensorial

📌 Prédios e casas com iluminação ajustável, sem lâmpadas piscando ou luzes fluorescentes agressivas.
📌 Ambientes com diferentes tipos de cadeiras e assentos, respeitando quem precisa de pressão no corpo para se sentir confortável.
📌 Filas teriam um sistema organizado e silencioso, sem filas caóticas e cheias de barulho.

📍 O resultado? Um mundo onde o espaço físico não seria um inimigo, mas um aliado para manter a calma e o bem-estar.


📌 4. A Escola Seria Adaptada ao Ritmo de Aprendizado

📌 Cada aluno teria um método de aprendizado ajustado às suas forças. Quem aprende melhor lendo poderia focar nisso. Quem aprende melhor com vídeos teria essa opção.
📌 As provas poderiam ser feitas de maneiras diversas. Nada de obrigar todos a escreverem redações ou fazerem cálculos de cabeça se há outros jeitos de demonstrar conhecimento.
📌 Os intervalos seriam estruturados. Quem precisa de silêncio teria um espaço específico para isso. Quem precisa correr e se movimentar teria um lugar apropriado.

📍 O resultado? Um mundo onde aprender não seria uma tortura, mas uma experiência moldada para o melhor desempenho de cada um.


📌 5. O Trabalho Valorizaria Habilidades Reais, Não Apenas Networking

📌 Contratações e promoções seriam baseadas em competência, e não na habilidade de socializar.
📌 O home office seria uma opção natural, sem pressão para reuniões desnecessárias.
📌 O ritmo de trabalho respeitaria a forma como cada um se organiza. Quem precisa de listas e planejamento teria liberdade para seguir seu próprio método.

📍 O resultado? Um mundo onde ser introvertido e analítico não seria uma desvantagem, mas um diferencial respeitado.


📌 6. O Tempo das Pessoas Seria Respeitado

📌 Não haveria pressão para responder mensagens instantaneamente.
📌 Os compromissos sociais seriam planejados com antecedência. Nada de convites de última hora forçando presença.
📌 Quem precisa de pausas frequentes teria o direito de fazer isso sem ser julgado como preguiçoso.

📍 O resultado? Um mundo onde as interações seriam mais leves, menos exaustivas e mais autênticas.


📌 7. As Emoções Seriam Validadas e Não Controladas

📌 Se alguém entrasse em crise sensorial, ninguém julgaria – haveria espaços preparados para acalmar a sobrecarga.
📌 O choro não seria visto como fraqueza, mas como parte natural da expressão emocional.
📌 O conceito de “estranho” deixaria de existir. Se alguém precisa se balançar ou repetir frases para se sentir seguro, isso seria normalizado.

📍 O resultado? Um mundo onde ninguém precisaria fingir ser algo que não é para ser aceito.


📌 8. A Cultura Seria Feita para Todos

📌 Filmes e séries ofereceriam múltiplas formas de acessibilidade. Legendas detalhadas, descrições auditivas, ajustes sensoriais para pessoas sensíveis a luz e som.
📌 Shows e eventos teriam áreas sensoriais reguladas. Lugares para quem quer viver a experiência sem ser atropelado por estímulos excessivos.
📌 As interações sociais teriam menos regras implícitas e mais liberdade para cada um ser como é.

📍 O resultado? Um mundo onde ninguém precisaria se moldar para “caber”, porque o próprio mundo já estaria moldado para abraçar a diversidade.


📢 O Mundo Ideal Já Existe – Mas Só Para Alguns

Se tu leste esse texto e pensaste que esse mundo não parece nada de outro planeta, é porque ele já existe para quem é neurotípico.
A diferença é que, hoje, quem é neurodivergente precisa se adaptar constantemente para sobreviver.

📢 Mas e se, em vez disso, criássemos um mundo onde todos tivessem um espaço real?
📢 Onde o que é confortável para um não significasse sofrimento para outro?
📢 Onde a diversidade da mente fosse tão respeitada quanto a diversidade do corpo?

Esse mundo pode parecer distante, mas ele começa quando compreendemos que há mais de uma forma de existir – e que todas merecem respeito.


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