“A rua não é um lar. É um lugar onde se sobrevive. Quem está ali não escolheu a liberdade, escolheu continuar vivo.”
A sociedade olha para pessoas em situação de rua e enxerga tudo, menos o ser humano que está ali.
Vê sujeira.
Vê vício.
Vê perigo.
Vê fracasso.
Mas raramente enxerga a história que levou alguém a dormir sob um viaduto.
Ninguém nasce para estar ali. Ninguém sonha, na infância, em um dia dormir no concreto frio, contar com a boa vontade de desconhecidos para comer, viver sob olhares de desprezo ou simplesmente não ser visto.
Mas, neste mundo que criamos, onde algumas vidas valem mais do que outras, existem aqueles que caem — e aqueles que nunca são levantados.
E se fosse diferente?
E se ninguém precisasse viver nas ruas para sobreviver?
📢 O Mundo Onde Ninguém Precisa Escolher Entre a Dignidade e a Sobrevivência
📍 Trabalho e moradia não seriam privilégios → Não haveria desemprego em massa e aluguéis impossíveis de pagar. O acesso a uma casa e a uma fonte de renda seriam direitos garantidos, não uma conquista inalcançável.
📍 Ninguém cairia sem rede de apoio → Perder um emprego, passar por um divórcio, sofrer um colapso emocional — tudo isso pode derrubar alguém. Mas, neste mundo, a queda não significaria um caminho sem volta para a rua. Existiriam estruturas de acolhimento, suporte psicológico e oportunidades reais para recomeçar.
📍 A saúde mental seria levada a sério → Muitos que estão na rua não chegaram ali por “fraqueza”, mas por doenças que nunca foram tratadas, traumas que nunca foram acolhidos, vícios que foram respostas ao desespero. O cuidado com a mente faria parte do básico, não do luxo.
📍 As crianças nunca seriam invisíveis → Neste mundo, nenhuma criança cresceria na rua. Nenhuma criança aprenderia a pedir trocados antes de aprender a ler. Nenhuma criança chamaria de lar um pedaço de papelão.
📍 O olhar das pessoas seria diferente → Porque, no fundo, a maior crueldade da rua não é a fome, o frio ou o perigo. É a invisibilidade. Neste mundo, ninguém fingiria que não viu.
📢 O Mundo Onde a Rua Não é Condenação, Mas Caminho de Retorno
E se, em vez de apenas afastar pessoas das calçadas, houvesse um caminho de volta para a vida?
📌 Ao invés de apenas remover barracas, existiriam projetos de moradia acessível.
📌 Ao invés de expulsar dos espaços públicos, haveria programas para reinserção no mercado de trabalho.
📌 Ao invés de prender por pequenos furtos, haveria apoio para quebrar ciclos de desespero e dependência.
Este mundo não precisaria esperar a “boa vontade” de alguém para ajudar. Ele garantiria que ninguém precisasse ser ajudado, porque ninguém precisaria estar na rua para sobreviver.
📢 Se Esse Mundo Fosse Possível?
A verdade é que esse mundo ainda pode ser construído.
📌 Ele começa quando paramos de olhar para pessoas de rua como “os outros” e passamos a enxergá-los como parte da humanidade.
📌 Ele começa quando aceitamos que um sistema que produz miséria para muitos e luxo para poucos nunca será justo.
📌 Ele começa quando percebemos que, em qualquer crise, são sempre os mesmos que caem — e que isso não é coincidência.
A rua não deveria ser destino final de ninguém. Se a gente acredita que todo ser humano tem valor, precisa começar a agir como se isso fosse verdade.
📢 Se faz sentido para ti, compartilha essa visão. Porque o primeiro passo para mudar o mundo é enxergar quem ele insiste em ignorar.
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