O que é ser assexual?


Ser assexual não significa não sentir amor, não querer relacionamentos ou não ter conexões profundas com outras pessoas. A assexualidade é uma orientação sexual caracterizada pela falta de atração sexual ou pela experiência da atração de uma maneira diferente do que a sociedade espera.

Diferente do que muitos pensam, as pessoas assexuais não são frias, traumatizadas ou incapazes de amar. Elas podem (ou não) ter relacionamentos românticos, podem (ou não) sentir prazer sexual e podem (ou não) desejar proximidade física. O desejo por sexo e a atração sexual são diferentes – e a assexualidade desafia o modelo que coloca o sexo como elemento obrigatório da experiência humana.

O espectro assexual é vasto, e dentro dele existem diversas formas de vivenciar essa identidade.


Formas de ser assexual

A assexualidade não é um conceito único. Dentro dela, há diferentes maneiras de experienciar atração (ou a falta dela). Alguns dos termos mais comuns incluem:

🔹 Assexual estrito → Não sente atração sexual de forma alguma.

🔹 Demissexual → Só sente atração sexual após criar um vínculo emocional forte.

🔹 Graysexual → Está entre a assexualidade e a alossexualidade (pessoas que sentem atração sexual com regularidade). Pode sentir atração sexual em algumas situações, mas não com a mesma frequência que a maioria.

🔹 Assexual romântico → Pode ter relações românticas, mesmo sem atração sexual.

🔹 Aromântico assexual → Não sente atração sexual nem romântica, mas ainda assim pode ter relações profundas e significativas.

🔹 Aceflux → A experiência da atração varia com o tempo.


A Sociedade e a Invisibilidade das Pessoas Assexuais

A assexualidade ainda é amplamente invisibilizada. Vivemos em uma cultura que hipervaloriza o sexo, e a narrativa dominante diz que todas as pessoas sentem atração sexual e que o desejo é algo essencial na vida humana. Quem não sente é visto como alguém com um problema a ser resolvido.

Os mitos mais comuns sobre a assexualidade incluem:

❌ “É só uma fase, logo passa.”
❌ “Tu só não encontraste a pessoa certa.”
❌ “Isso é coisa de gente traumatizada.”
❌ “Tu deves ter um problema hormonal.”
❌ “Isso nem existe, todo mundo sente atração sexual.”

A falta de representatividade faz com que muitas pessoas assexuais passem anos se sentindo quebradas, erradas ou solitárias, tentando se encaixar em um mundo que não considera suas existências válidas.


O Mundo Feito para Alossexuais

A sociedade foi construída para quem sente atração sexual. O sexo é um fator determinante em relações, mídia, cultura e até mesmo na forma como o amor é representado. Para uma pessoa assexual, isso pode gerar um sentimento constante de inadequação e uma pressão para “se encaixar” em algo que não faz sentido para ela.

📌 Relacionamentos românticos giram em torno da atração sexual → Para muitos, o sexo é visto como uma parte essencial de qualquer relacionamento, o que pode tornar desafiador para uma pessoa assexual encontrar parcerias que respeitem seus limites.

📌 O desejo sexual é visto como algo obrigatório → A ideia de que toda pessoa tem (ou deveria ter) um impulso sexual forte faz com que pessoas assexuais sejam constantemente questionadas ou desacreditadas.

📌 Falta de educação e reconhecimento → A maioria das pessoas sequer sabe o que é a assexualidade, e muitas informações erradas são perpetuadas, dificultando a aceitação social e pessoal.

📌 Médicos e terapeutas que tratam a assexualidade como um problema → Muitas pessoas assexuais enfrentam profissionais de saúde que não reconhecem sua identidade e sugerem tratamentos ou “curas” para algo que não é uma doença.


Como seria o mundo se fosse feito para assexuais?

Se o mundo fosse construído pensando também nas experiências assexuais, ele seria mais livre, mais respeitoso e menos obcecado por um único modelo de relação e desejo.

🌱 Relacionamentos seriam baseados no que as pessoas realmente querem, não em expectativas externas.

💬 O desejo por sexo não seria tratado como um pré-requisito para qualquer relacionamento.

🛑 A pressão para “perder a virgindade” ou “ter uma vida sexual ativa” deixaria de existir.

🎥 Filmes, séries e livros mostrariam relações que vão além da atração sexual, valorizando vínculos emocionais e afetivos.

👩‍⚕️ A medicina e a psicologia reconheceriam a assexualidade como uma orientação válida, sem tratá-la como um distúrbio.

🔍 O termo “assexual” seria amplamente compreendido, e ninguém precisaria se sentir perdido por não se encaixar nos padrões sexuais da sociedade.

Se o mundo fosse feito para pessoas assexuais, todas as formas de conexão humana seriam valorizadas, não apenas as que envolvem atração e desejo sexual.

E no fundo, isso não beneficiaria só os assexuais – beneficiaria todo mundo.


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