Antes de Entender, É Preciso Cativar
“Se queres um amigo, cativa-me!” – disse a raposa ao Pequeno Príncipe.
E o que significa cativar?
Cativar é criar laços.
Cativar é transformar um desconhecido em alguém importante.
Cativar é dedicar tempo, atenção, presença.
A raposa ensinou que não se pode entender alguém de verdade sem antes estar com esse alguém.
Não se pode sentir a dor do outro sem antes estar ao seu lado, conhecê-lo, chamá-lo de amigo.
Empatia não acontece porque alguém nos ensina um conceito.
Compaixão não nasce porque lemos sobre ela em um livro.
Elas só surgem quando cativamos e somos cativados.
Se você quer sentir o que o outro sente, antes de tudo, faça um amigo.
1. Cativar é Sentar-se ao Lado e Permanecer
A raposa pediu ao Pequeno Príncipe que a cativasse. Mas para isso, ela não queria apenas palavras.
Ela queria tempo, constância, vínculo.
E o mesmo acontece com a empatia: não basta ouvir uma história, ler um livro, assistir a um documentário.
🔹 Exercício:
- Antes de tentar entender a realidade de alguém, sente-se ao lado dele.
- Antes de falar, escute.
- Antes de julgar, permita-se conhecer.
Porque a verdadeira empatia não começa no entendimento.
Começa no vínculo.
2. Cativar é Andar Junto, Sem Pressa
O Pequeno Príncipe quis saber como cativar a raposa, e ela explicou:
“Deves ser muito paciente. Primeiro, sentar-te-ás um pouco longe de mim… Olhar-me-ás de soslaio e eu não direi nada. Mas, a cada dia, poderás sentar-te um pouco mais perto…”
A empatia e a compaixão também são assim: um processo, um caminhar junto, um se aproximar devagar até que os laços sejam criados.
Se você nunca conviveu com pessoas trans, negras, indígenas, PCDs ou qualquer grupo marginalizado, não espere entender tudo de imediato.
Aproximar-se do outro leva tempo.
🔹 Exercício:
- Conviva com quem vive realidades diferentes da sua.
- Compartilhe uma refeição, um café, um dia.
- Sente-se ao lado, caminhe junto, descubra o ritmo dessa amizade.
Porque empatia não é uma teoria.
É um laço que se constrói.
3. Cativar é Cuidar Porque Agora Importa
“Se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros…”
Quando cativamos alguém, essa pessoa se torna parte de nós. Ela deixa de ser um número, uma estatística, uma “categoria”. Ela ganha um nome, um rosto, uma história que agora nos toca.
E quando isso acontece, não conseguimos mais ignorar sua dor.
Se você tem um amigo trans, o desrespeito a ele te machuca.
Se tem um amigo negro, o racismo que ele sofre te fere.
Se tem um amigo cadeirante, a falta de acessibilidade se torna sua revolta também.
🔹 Exercício:
- Olhe ao seu redor: quem você já cativou?
- O que você pode fazer para protegê-lo, apoiá-lo, lutar junto?
Porque a compaixão nasce quando o outro deixa de ser “o outro” e se torna “meu amigo”.
Se Queres um Amigo, Cativa-me
A empatia e a compaixão não começam no pensamento. Elas nascem do afeto, do vínculo, da convivência.
📌 Resumo do que realmente importa:
✅ Senta ao lado e permanece.
✅ Anda junto, sem pressa.
✅ Cativa para que o outro passe a importar.
✅ Se a dor do outro ainda não dói em você, talvez seja porque ainda não o cativou.
“A gente só conhece bem as coisas que cativou.” – disse a raposa.
Então, antes de tentar entender o outro, chegue perto. Cative. Faça um amigo.
Porque só quando cativamos, conseguimos sentir.
E só quando sentimos, conseguimos agir.
📌 Se Queres um Amigo, Cativa!
A empatia não é um conceito, e a compaixão não é só um sentimento. Elas acontecem quando criamos laços, quando nos aproximamos, quando fazemos um amigo.
✨ Então, faça um amigo. Sente-se ao lado, sem pressa. Caminhe junto. Cative.
E quando esse laço nascer, você vai perceber:
A dor dele será sua dor.
A luta dele será sua luta.
O sorriso dele será seu também.
🌱 Agora é com você:
💬 Marque aqui um amigo que já cativou seu coração.
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🧡 Saia da teoria e viva isso hoje: aproxime-se de alguém, escute sua história, esteja presente.
Porque só quando cativamos, conseguimos sentir.
E só quando sentimos, conseguimos agir.
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Um ponto de partida
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