💰Texto 03 de 03 | Fase 02 – O Custo de Ser Quem Se É | 🔥
Depois que tu deixas as máscaras, o que resta?
Tu já passaste pelo desconforto de abandonar versões editadas de ti. Tu já encaraste a solidão e descobriste que muitas das tuas relações não eram reais. E já enfrentaste a dor de perceber o quanto te traíste no passado.
Agora, vem um dos momentos mais delicados da jornada: o reencontro contigo mesmo.
Mas quem és tu, afinal?
Sem as expectativas externas, sem os papéis que desempenhavas, sem a necessidade de agradar, o que resta?
Esse é o momento de explorar. De sentir. De reaprender a ser tu mesmo.
E, para isso, não há pressa.
1. Aprender a Ouvir a Tua Própria Voz
Quando tu passas anos moldando tua identidade para caber nos espaços alheios, tua voz se perde no meio do barulho.
Agora que o ruído externo diminuiu, tu podes finalmente começar a escutar o que vem de dentro. Mas, no início, essa voz parece fraca, desconectada, difícil de entender.
Isso acontece porque tu passaste tempo demais ouvindo o que os outros esperavam de ti – e muito pouco tempo ouvindo a ti mesmo.
O que realmente te traz paz? Não conforto superficial, mas uma paz genuína, interna.
O que te desperta curiosidade, sem que ninguém precise te dizer que isso é “importante” ou “útil”?
Quais são os momentos do teu dia onde tu te sentes mais tu mesmo?
Quando foi a última vez que tu fizeste algo só porque querias, sem pensar na opinião dos outros?
Ação prática:
Começa pequeno: A cada decisão do teu dia, pergunta a ti mesmo:
Isso é realmente algo que eu quero, ou é algo que me ensinaram a querer?
Anota as respostas. Tu vais começar a perceber quantas escolhas ainda são reflexo da tua antiga programação.
Dá tempo ao silêncio:
Antes de buscar respostas fora, passa alguns minutos do teu dia sem distrações externas, só ouvindo os teus próprios pensamentos. Tua voz interna não surge no barulho – ela precisa de espaço.
2. Descobir Teus Universos Humanos
Agora que tu começaste a te escutar, é hora de compreender os múltiplos aspectos que fazem parte de ti.
Não apenas a tua personalidade e teus valores, mas também as características que influenciam a forma como tu existes no mundo.
O que compõe a tua identidade humana?
Teu gênero e identidade: Tu és cisgênero ou transgênero? Binário ou não-binário? Como tu percebes tua expressão de gênero?
Tua orientação afetiva e sexual: Tu és hétero, homo, bi, pan, assexual? Como tu te relacionas afetivamente?
Teu corpo e suas experiências: Tu tens alguma deficiência física, auditiva, visual, ou nenhuma delas? Como teu corpo se encaixa ou se choca com o mundo ao redor?
Tua mente e funcionamento cognitivo: Tu és neurotípico ou neurodivergente? Tens TDAH, autismo, altas habilidades? Como teu cérebro percebe a realidade?
Tua origem e identidade étnico-racial: Tu és branco, negro, indígena, pardo, mestiço? Como tua cor de pele e teus traços influenciam tuas vivências?
Tua história e condição social: Tu cresceste em um ambiente estável ou passaste por insegurança financeira? Tu tiveste acesso a oportunidades ou precisaste lutar por cada espaço?
Tua relação com o tempo: Tu és jovem, adulto, idoso? Como a tua fase da vida influencia as tuas escolhas?
Todas essas dimensões fazem parte de quem tu és – mas tu já paraste para reconhecê-las conscientemente?
Muitas vezes, vivemos a partir de um espaço onde nem percebemos as nossas próprias realidades.
Ou porque nos foi negado o direito de vê-las, ou porque aprendemos a ignorá-las para nos encaixar.
Agora é o momento de reconhecer esses aspectos e entender como eles moldam tua experiência no mundo.
Ação prática:
Escreve sobre cada um desses aspectos da tua vida.
Como tu te sentes em relação a cada um deles? Há algo que tu sempre soubeste, mas nunca nomeaste? Há algo que tu evitaste reconhecer?
Explora conteúdos sobre cada universo humano.
Quanto mais tu aprendes sobre as múltiplas formas de ser humano, mais tu compreendes a tua própria experiência.
3. Reconectar com Teus Verdadeiros Desejos
Agora que tu começaste a ouvir a tua própria voz, o próximo passo é distinguir o que realmente é teu daquilo que tu absorveste dos outros.
Tu já percebeste que muitas coisas que desejavas nem eram tuas de verdade?
Talvez tu acreditaste que precisavas ter sucesso profissional para provar teu valor – mas agora percebes que o que realmente te importa é ter uma vida simples e significativa.
Talvez tu sempre disseste que “adoravas” socializar, mas agora percebes que a solidão te acalma e te conecta contigo.
Ou talvez tu acreditaste que querias um certo tipo de relacionamento, mas agora percebes que isso era só uma tentativa de preencher um vazio.
Descobrir teus desejos reais não significa que tu vais correr atrás deles imediatamente. Significa que tu vais parar de correr atrás do que nunca foi teu.
Ação prática:
Faz uma lista:
Escreve todas as coisas que tu acreditavas querer para tua vida. Agora revisa: Quais dessas coisas ainda fazem sentido? Quais delas eram apenas expectativas impostas?
Permite-te abandonar os desejos que não são realmente teus.
4. Descobrir Teus Valores Reais
Agora que tu já identificaste tua voz, tua identidade e teus desejos, a pergunta é:
Quais são os valores que sustentam tua vida?
Valores não são crenças impostas. Eles são aquilo que tu vives – mesmo quando ninguém está olhando.
Se tu tivesses que escolher entre segurança e liberdade, o que escolherias?
Se tu pudesses criar uma vida sem precisar da validação de ninguém, como ela seria?
Quais são os momentos em que tu te sentes mais coerente, mais alinhado, mais inteiro?
Ação prática:
Escreve três valores que tu realmente sentes como teus.
Agora observa: Tu realmente tens vivido de acordo com eles? Ou tens agido em contradição com o que tu dizes valorizar?
O Que Vem Depois?
Agora que tu começaste a descobrir tua própria voz, tuas vontades e teus valores, o próximo passo é começar a alinhar tuas ações a essa nova consciência.
Mas essa transição não precisa ser brusca.
A pressa te coloca de volta nos padrões antigos.
O mais importante agora é continuar explorando sem medo de mudar de ideia.
Agora que tu já te reconectaste contigo, é hora de começar a existir no mundo de uma nova maneira.
Tu não és mais um reflexo do que os outros esperam. Agora, tu começas a ser realmente tu.
O que ficou claro em ti agora? Compartilha nos comentários com a gente ou utilize nosso Espaço Vip para interações genuinamente humanas:
Esta página pertence ao blog CoHerência.
Todos os direitos reservados.