O medo de existir sem o que te protegia

💰Texto 02 de 04 | Fase 01 - O Custo de Ser Quem Se É | 🔥


O desconforto de abandonar as máscaras reflete a ausência de familiaridade contigo.
- CoHerência

Tu já perdeste pessoas.
Agora, começas a perder o que vinha sustentando a tua própria imagem.
As máscaras que usavas pra ser aceito… estão caindo.

E o que sobra?
Sobra tu.
Nu. Cru.
Sem armadura. Sem script. E sem controle.


As proteções que viraram prisões

Essa é uma das fases mais delicadas.
Porque antes tu perdias o outro.
Agora, tu perdes partes tuas.

Ou melhor, partes que tu acreditavas serem tuas.
Mas eram apenas adaptações. Disfarces. Estratégias de sobrevivência.

✔ A máscara do “fácil de lidar”.
✔ A máscara do “não me importo”.
✔ A persona do “forte o tempo todo”.
✔ A máscara do “certo”, do “esperado”, do “melhor para todos”.

E quando essas camadas começam a cair, tu te vês vulnerável.
E te assusta perceber que tu não sabes bem quem és sem elas.


A dor da primeira nudez emocional

É aqui que o vazio aparece com mais força.
Porque tu ainda não te reconstruíste.
E sem as máscaras, o mundo parece mais frio, mais duro, mais assustador.

  1. Tu não sabes mais como agir.
  2. Tu desconfias da tua própria voz.
  3. Tu sentes saudade da armadura.
  4. Tu sentes vergonha de ti mesmo.

E é normal sentir tudo isso.
Mas é nesse ponto que muitos voltam atrás.
Voltam a usar as máscaras. Reatam vínculos antigos. Fingem novamente.
Só pra não sentir esse desconforto.


O Que Precisa Ser Entendido

Esse desconforto não é um erro no processo.
Ele é o processo.

É ele que mostra que a casca está quebrando.
Que a verdade está saindo.
Que tu estás nascendo.

A máscara era uma proteção.
Mas também era uma prisão.
E agora tu estás solto. Desprotegido… mas livre.

Tu não precisas saber exatamente quem tu és agora.
Tu precisas apenas permanecer verdadeiro. Mesmo sem saber.


O Que Fazer Agora?

O foco desta fase é simples — e difícil:
Aprender a viver com verdade antes de ter certeza.

  1. Respira antes de reagir.
    Tu vais sentir vontade de responder como sempre respondias.
    Para. Sente. E depois responde com o que tu és agora —
    mesmo que seja diferente do que esperam.
  2. Aceita o estranhamento.
    As pessoas podem não entender tua nova postura.
    Mas tu também estás te conhecendo de novo.
    Leva tempo. É normal.
  3. Evita preencher com pressa.
    Não procura por um “novo personagem”.
    Não cria um “tu evoluído” só pra substituir o antigo.
    Aguenta o incômodo do meio do caminho.
    Ele está te moldando por dentro.
  4. Observa-te. Pare para conversar contigo. Ouça-te. Escreve o que ouvistes ou percebestes de ti — hoje.
    Não precisa ter certezas. Só escreve. Amanhã tu reescreves. E assim, pouco a pouco, vais te reconhecendo.
  5. Acolhe tuas fragilidades como parte do processo.
    O novo tu não vai nascer pronto.
    Vai nascer vulnerável.
    Como tudo que é verdadeiro.

Ser sem defesa é a coragem mais divina que existe

Tu podes correr de volta pras máscaras.
Mas tu sabes o custo.

Ou tu podes ficar contigo nesse momento
em que nem tu sabes exatamente quem és.

Porque é aqui, justamente aqui, que tu começas a te descobrir.

O que tu decides fazer? Fuga ou permanência? Compartilha nos comentários com a gente ou utilize nosso Espaço Vip para interações genuinamente humanas:


Lembrete Importante

A vida não vai parar.
Ela continua, junto contigo, acontecendo.

Isso quer dizer que tu vais precisar administrar, nesse momento,
a vida fluindo: o trabalho, as pessoas que se afastaram
mas com quem tu ainda tens que conviver,
as contas, os perrengues do dia a dia.

Se a situação começar a ficar insustentável, busca ajuda especializada.

Olhar para dentro liberta, mas antes assusta.
Tira teu centro, pode mexer de verdade contigo.
Antes de qualquer coisa, tua saúde é mais importante.
Talvez tu precises de ajuda extra.
Não hesita em buscar.

Nós não somos especialistas em saúde.
Mas somos os primeiros a te lembrar:
cuidar de ti é o primeiro passo pra seres quem tu és.


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