Quando há o Equilíbrio Humano entre Cuidar e Ser Cuidado.
Quando é Amor
A gente sabe que é amor quando o simples beijo queima o coração.
Quando o sorriso vem fácil. Quando o toque arrepia. Quando a presença do outro embriaga a alma de desejo e o tempo parece inimigo por demorar a trazê-lo de volta.
A gente acha que é amor quando sente.
Quando o corpo treme. Quando a respiração falha. Quando a voz não sai e os olhos não conseguem mentir.
A gente acha que é amor quando tudo vibra… mas ainda é só encantamento.
E encantamento não é amor.
Porque o amor mesmo — aquele que é raiz, que é morada — só aparece depois.
Quando a paixão já tirou os sapatos.
Quando as contas chegam.
Quando a louça acumula.
Quando o cansaço fala mais alto que o desejo.
Quando o estresse do trabalho se mistura com o silêncio do outro.
Quando o encanto vira rotina e a rotina exige decisão.
Aí sim…
A gente descobre se é amor.
Quando a escolha de ficar não vem da necessidade, mas da consciência.
Quando o afeto não exige mudança, mas convida à construção.
Quando a dor não afasta, mas ensina.
Quando há espaço para ser, e ainda assim há vontade de estar junto.
A gente sabe que amor quando o simples beijo vem na despedida para o trabalho todo santo dia.
Porque o amor verdadeiro não é arrebatamento. É presença.
Não é dependência. É interdependência.
Não exige que o outro te complete. Só que te acompanhe.
E quando não for mais leve, quando deixar de fazer sentido, o amor também sabe partir — sem ódio, sem prisão, sem egoísmo.
Porque o amor de verdade…
É aquele que constrói.
Que se alinha.
Que respeita a tua essência.
E que escolhe caminhar junto — não por medo de estar só, mas por alegria de estar com.
Não importa se é entre amantes, amigos, família, casais de qualquer configuração, ou entre seres humanos que se encontram na vida.
O amor é universal.
O que muda é o nome da relação.
Mas a essência…
É sempre a mesma.
E a gente sabe que é amor quando há verdade.
Quando há respeito.
Quando há escolha.
E a gente acha que é amor quando o beijo queima o coração…
Mas só descobre que é amor, de manhã, antes de ir para o trabalho, com um beijo de despedida. Todo Santo Dia.
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