…não seja perfeição. Seja humanidade.
Sou…
Talvez tu tenhas gostado do meu sorriso.
Talvez tenhas sentido leveza na minha presença.
E, talvez tenhas pensado: “Essa pessoa é diferente.”
Mas se tu ficares perto por dez minutos…
vais perceber.
Eu erro mais do que gostaria.
Falo demais.
Me justifico o tempo todo.
Dou voltas pra dizer o que sinto.
Me arrependo depois de falar.
E às vezes… nem sei quem sou.
Tu vais ver que eu ainda roo as unhas e como os dedos quando não sei o que fazer.
Que quando tenho medo, eu travo. Paro.
Que eu me calo quando o assunto é sentimento.
E que levanto a voz quando quero defender meu ponto de vista, mesmo quando não é necessário.
Vais perceber que choro quando vejo bondade genuína.
Mas que não consigo visitar os meus — porque nunca construímos laços capazes de me fazer sentir saudade.
Tu vais ver que eu também fujo.
Que eu também canso.
Que eu também me escondo atrás de palavras bonitas quando tô com medo.
Vais perceber que eu sou…
fraude.
Ou melhor:
sou humano.
E isso inclui tropeços, incoerências e cicatrizes mal curadas.
Mas…
Mas se tu prestares atenção…
vais notar que mesmo dentro dessa bagunça tem verdade.
Tem uma vontade danada de acertar.
De amar direito.
E não machucar.
De não perder ninguém importante.
Talvez o que tu gostes em mim…
não seja o que parece perfeito.
Mas justamente o que escapa do controle.
O riso que explode.
O olhar que entrega.
E o silêncio que não precisa se explicar.
Talvez tu tenhas se encantado com a parte de mim que ainda é gente, mesmo quando tudo em mim tenta fingir que não.
E se for isso mesmo…
se for a minha humanidade que te tocou…
então vieste para ficar.
Porque essa parte…
essa parte é real.
E tu? Já percebeu que talvez o que encante em ti… seja a humanidade? Compartilha nos comentários o que te faz real?
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