🛋️ | Espaço Acolhimento – A Sala de Estar da Casa CoHerência


Aqui é onde você chega cansado e é recebido sem precisar explicar.

Onde pode sentar no sofá com a alma desarrumada, a cabeça cheia e o coração aos pedaços — sem medo de ser mandado embora por estar assim.

É onde as bagunças humanas não assustam e onde a vulnerabilidade não é vista como fraqueza, mas como coragem de continuar sendo.

O Espaço Acolhimento é a sala de estar da Casa CoHerência.

E mais do que isso: ele é o primeiro espaço narrativo da jornada de retorno ao que é genuinamente humano.

Aqui, o caminho começa. Não com metas ou exigências, mas com presença. Com escuta. Com pausa.

É o ponto inicial da travessia — aquele em que você é convidado a soltar as defesas, baixar os ombros e simplesmente existir.

Esse não é um lugar de correção, mas de escuta. Não é sobre mudar imediatamente, mas sobre ser olhado de verdade antes de qualquer movimento.

Porque quem vive sob pressão o tempo todo, quem já foi empurrado para a mudança sem preparo, precisa antes respirar. E aqui, você respira. Sem cobrança. Sem meta. Sem performance.

É aqui que a gente escuta sem interromper, acolhe sem invadir, espera sem forçar. Aqui, a escuta é inteira, não só de ouvido — é de presença.

E a presença, quando é real, sustenta o que ainda não foi resolvido. Sustenta até aquilo que nem tem nome, mas que dói. E só por isso já é potente.

A gente aprendeu a viver na defensiva, como quem teme ser exposto, ridicularizado, rejeitado. Crescemos acreditando que acolher é se anular, que ser afetuoso é ser fraco, que abrir o coração é dar brecha pro sofrimento.

Mas neste espaço, você é convidado a revisar essa narrativa. Aqui, você pode descobrir que o afeto não é uma ameaça, mas um caminho. Que o cuidado não aprisiona — liberta.

O acolhimento não é sinônimo de concordância cega. Ele não significa que tudo o que você fez está certo, ou que não haverá momentos em que será preciso se responsabilizar.

Mas significa que, mesmo quando a responsabilidade for necessária, ela virá com mão estendida, e não com dedo apontado.

Que o erro não anula o valor.

Que o tropeço não define sua identidade.

Que você não precisa estar consertado para ser digno de amor.

Nesse espaço, as perguntas importam mais do que as respostas. O silêncio tem lugar. A pausa é permitida. Aqui, não se espera que você dê conta de tudo o tempo todo. Não se exige que você tenha uma tese pronta sobre si mesmo.

A travessia é permitida do jeito que é: imperfeita, ambígua, em construção.

Acolher é dar um passo para o lado e abrir espaço para o outro existir como ele é.

É não invadir, não manipular, não impor. É respeitar o tempo do outro sem querer apressar o processo que precisa de maturação. É aprender a ser casa, antes de querer habitar o outro.

E casa de verdade não é a que brilha por fora, mas a que sustenta por dentro.

O Espaço Acolhimento não é o fim da jornada, mas um ponto de parada. Um começo com raízes. Um lugar seguro onde você pode descansar um pouco antes de seguir.

É a pausa entre a queda e a reerguida. O tempo entre o cansaço e a retomada. O silêncio antes da resposta. A mão que segura a sua quando tudo parece incerto.

E às vezes, é só isso mesmo que a gente precisa: alguém que fique.

Alguém que olhe e diga, sem palavras, que ainda é possível. Que você ainda está aqui. Que você ainda é você — mesmo cansado, mesmo confuso, mesmo machucado. E isso basta, por agora.

Acolher não é resolver. É sustentar o tempo necessário até que algo em você decida voltar a pulsar. E aqui, nessa sala de estar da Casa CoHerência, começa o caminho de volta.

A travessia de quem cansou de sobreviver e deseja, enfim, voltar a viver com verdade.


Aqui, o tempo é outro. E o ritmo, é teu.

  1. Quando ser suficiente nunca basta
  2. Aqui tu podes descansar
  3. Tu não estás sozinho
  4. O lugar onde tu podes apenas ser
  5. Teu refúgio em meio ao caos
  6. Um convite para voltar a ti mesmo
  7. Aceitação, o espaço onde todos pertencem
  8. Uma pausa para o teu coração
  9. Entre memórias e recomeços
  10. GEN.HUS. Retorno ao que é genuinamente humano
  11. Bem-vinde de volta, ser humano

Se tu sentiu que podia respirar diferente aqui…
então tu já entendeu o que é acolhimento.

Não é uma técnica.
É presença.

E agora que tu tá mais inteiro,
talvez seja hora de continuar a casa.

Tem mais pra viver…
mas tu não precisa correr.


Tu pode caminhar por onde quiser. Mas se quiseres seguir a trilha como ela foi pensada, aqui, sempre encontrarás o próximo texto e o anterior.


< Voltar ao Blog CoHerência

Esta página pertence ao blog CoHerência.
Todos os direitos reservados.