QUEM SOMOS

Ambiente acolhedor com poltronas amarelas, lareira acesa, velas e uma xícara de café sobre uma mesa de madeira, criando um espaço de descanso.

Olá, tudo bem? 

Este é o CoHerência, um espaço, um ambiente de chegada, estadia e de partida

Eis quem somos!

A Chegada

A chegada é o momento onde tu passas pela porta da tua rotina e adentra este espaço acolhedor, aonde você pode ser você.

E aí, você diz: Poxa, eu já ouvi isso, mas não fez sentido. Aqui fará.

Porém, nós precisamos conversar. E é por isso que eu estou aqui. Serei teu anfitrião.

Neste primeiro momento, de acolhimento, tu vais compreender algumas questões e perceber que não precisas correr tanto, não é necessário se exaurir, nem ser forte ou altamente capaz para ser aceito ou suficiente.

Porque você é suficiente, unica e exclusivamente por ser quem você é. 

E eu ainda não estou falando das descobertas que tu farás a respeito dos universos humanos que você faz parte. 

Eu estou te falando que sua suficiência vem de sua essência, a primeira de todas, a humana. 

E é algo que você, simplesmente, não dá nenhum crédito mais. Eis uma das razões pelas quais você está vivendo neste caos. Porque você é humano, mas não vive como humano. 

Está tudo aí dentro. Tu não tens que acionar nada, mudar nada, melhorar nada, você só tem que relembrar e deixar o processo natural acontecer, de retorno a sua humanidade. 

Logo, o ambiente para você ser acolhido é este, para você compreender quem tu és na essência. 


A Estadia

Em seguida, vem o processo de estadia, aqui vais mergulhar dentro de ti para uma auto descoberta a respeito dos diversos universos que compõe quem tu és.

É onde vais trabalhar com tudo aquilo que é verdadeiramente humano, ou melhor, genuinamente humano, como gostamos de dizer por aqui. 

E entender sobre os diversos Universos humanos que compõe a humanidade.


A Partida

Por fim, chegará o momento de partida. 

É quando vais retornar a tua rotina diária levanto contigo o que viste e compreendesse aqui.  

Porque o que traz este resultado de leveza na vida é tua mudança de atitude perante a tua rotina do dia a dia. Não há pílula mágica, não tem fórmula mágica, é preciso passar pelo processo: senta para aprender se levanta para ensinar – com mudança de atitude. 

Por isso que esse é um espaço de acolhimento, permanência e partida. 


Coerência e o Quadrado Semiótico

Chegou a hora de você começar a compreender o significado de coerência, melhor de ser coerente. É na coerência que mora a leveza. Aqui tratamos da Coerência Humana, por isso que escrevemos CoHerência com H.

Para te explicar vou te trazer um capítulo de minha vida, onde ela cruzou meu caminho pela primeira vez. 

Eu estava na faculdade e uma das matérias era Linguística, dentro dela, Semiótica. O fato é, não me lembro o que seja semiótica, dela, ficaram apenas duas informações:

O Quadrado Semiótico de Greimás

Um quadro escrito num das estremiades: SER e PARECER. Na outra NÃO SER e NÃO PARECER. 

O professor explicou o seguinte sobre esse quadro:

 Só é verdade aquilo que se for e se parecer verdadeiro.

 A mentira habita naquilo que parece verdade, mas não é.

 Aquilo que PARECE SER VERDADE, mas NÃO É, só pode ser LOUCURA.

E o que NÃO É VERDADE e que NÃO PARECE SER VERDADE, não existe.

 EIS A RAÍZ DA COERÊNCIA: só é verdade aquilo que É e PARECE SER. 

Entende o PORQUÊ do caos agora? Você é humano, mas não está parecendo humano, logo ser e não parecer é viver nessa loucura. 


A língua varia ou vareia?

Ser humano é, antes de tudo, descobrir quais atitudes, valores, ideias, comportamentos, gostos, aptidões fazem sentido para ti e viver a partir dessa coerência. E passar a tomar decisões coerentes com elas. 

Nestas mesmas aula, mais um aprendizado para a vida.

A Linguística é uma ciência aplicada a comunicacão informal, ou seja, aquela aprendida pela criança na infância com a família, os amigos, as pessoas próximas. Longe das regras e normas gramaticais.

E nesse contexto não há erro, não importa dizer que a língua varia ou vareia. O importante é que meu ouvinte entenda o que estou dizendo. Se ele entende a mensagem, ainda que o que eu diga seja uma palavra inexistente no contexto formal, se a comunicação cumpre sua função de passar a mesagem e de ser compreendida pelo ouvinte, não há erro.

E daqui tiramos mais uma grande lição que estará disponível para você no espaço de permanência.

O aprendizado compreende a ideia de que não importa se somos brancos, altos, neurodivergentes, transgêneros, cisgêneros, hetorossexuais, moradores de rua, índios, altos, obsesos, TDAH, que temos alguma deficiência física, o importante é que falemos a mesma língua, a da humanidade.

A que nos integra e nos coloca no mesmo patamar. A que nos mostra que há uma razão de ser nas diversas formas de ser humano.

Então, tanto faz se você disser que a língua varia ou que ela vareia, o que eu não entender, eu posso chegar mais perto e perguntar e sentar para te ouvir e assim criaremos laços e a partir daí não seremos mais estranhos um para o outro, mas amigos. E nessa amizade um complementa o outro com o que é vibrante em si e assim, juntos saímos mais fortes, mais sábios, porque ousamos ser mais humanos. 


A coerência nas novas sala de aula

Quero trazer agora mais um episódio de minha nada mole vida para te mostrar o quão eficiente é usar a coerência no dia a dia. 

Agora já como docente, após testar várias formas, encontramos a forma perfeita pra gente, de começar um primeiro contato com todas as salas que eu fosse entrar pela primeira vez.

Ah é, preciso te confidenciar algo, eu tinha um pobrema, ou um problema. Eu não gostava de ensinar os alunos, eu gostava era de levá-los a aprender. Sim, eu me ocupavaaos em criar formas do que em escolher o melhor material. Minha atenção estava em o que eu iria fazer para tornar interessante e necessária a informação que eu iria passar para eles? 

Enfim, voltando. Como eu me apresentava para as salas novas, com foco na coerência. 

Eu chegava na porta da sala. Como não havia professor, pois era a troca, os alunos estavam em pé, conversando alto, às vezes, até fora da sala. 

Lá permanecia mudo e sério até que todos percebessem que eu estava ali e não estava para brincadeira. Ao poucos, eles iam se acalmando, voltando para os seus devidos lugares, as vozes diminuíam o volume até que o silêncio ficava quase insuportável. Enfim, a organização se sobrepunha ao caos anterior. 

Neste momento, eu entrava na sala, mudo e sério ainda e, ia até a mesa, onde deixava meu material e olhava para eles, o silêncio cortante, e eles para mim. 

No minuto seguinte, eu me virava para a lousa, pegava um pedaço de giz e escrevia em letras maiúsculas: 

VOCÊ COSTUMA COMPRAR CALÇA JEANS EM AÇOUGUE? POR QUÊ?


Você costuma comprar calça jeans em açougue?

No instante seguinte a sala caia na gargalhada, uns cutuvam os outros dizendo, Esse professor tá louco? Quem faz isso? Voltavam a respirar um pouco mais tranquilos, achando que estavam salvos sabe-se lá do que. 

Em seguida, eu me voltava para o quadro preto outra vez e fazia mais uma pergunta:

TEM CERTEZA? 

Agora no espaço das risadas, voltavam a da apreensão, como assim, é possível existir alguém que faça isso? Eu me mantinha mudo e sério. E pela terceira vez, colocava uma nova pergunta na lousa: 

QUEM FAZ ISSO MERECE SER VISTO COMO O QUÊ? 

Incrédulos ainda, então, eu dava uma forcinha: vamos, me digam quais adjetivos merece essa pessoa que compra calca jeans em acougue? E saia os mais variados tipos de xingamentos. Eu anotava um a um no quadro.

Por fim, eu fazia a pergunta derradeira. 

E SE EU PROVAR PARA VOCÊS QUE VOCÊS FAZEM ISSO E SIM, SÃO TUDO ISSO QUE DISSERAM SER DIGNO DE UM COMPRADOR DE JEANS EM ACOUGUE? 

Aí a coisa ficava tensa mesmo! Uns duvidavam, outros se entregavam, mas não sabiam como isso era possível. E tu, sabes? 

Agora, com todos os olhinhos ávidos por saber, eu começava a trazer coerência para aquele ambiente e para a vida deles. 

Conversando com eles, ainda sério. Eu pedia para olharem ao redor de onde estávamos e perguntava: que ambiente é esse? Eles respondiam, escola, sala de aula. 

Certo. E qual a função desse ambiente? Por que ele existe? Eles respondiam para aprender, para estudar. 

E aí eu finalizava com chave de ouro. 

Está certo, se o que vocês estão me dizendo é verdade, por que é que vocês fazem de tudo: conversam durante as aulas, faltam, pedem para ir ao banheiro, não participam ativamente, desrespeitam os colegas de sala e os demais docentes, – menos o que é a verdade desse ambiente: aprender? 

E a partir daí, acabavam-se meus problemas com aquela turma. Por que? Porque a coerência traz alinhamento para as coisas, não vai ficar o que não for de lá. Ela traz clareza a respeito do que fazer e de como agir conforme os lugares que estou. E mais, de acordo com as pessoas com as quais eu me relaciono e a vida que estou vivendo. 

Imagina quando você trouxer a coerência para a tua vida humana e voltar a pensar, agir, decidir se posicionar como um ser humano? 


Sua vez

Agora preciso que tome uma decisão coerente com tua situação atual: se hoje tu entendes que está na hora de ser coerente com tua essência humana porque você quer ter paz, clareza para tomar suas decisões, agir e viver conforme aquilo que te faz sentido. Acomode-te na poltrona aí bem à tua esquerda, que já já venho te trazer uma bacia com água morna para os teus pés e um pedaço de pão com uma xícara de café quentinho. 

Contudo, se no atual momento da tua vida, você precisa continuar correndo sabe-se lá pra que e não faz sentido viver essa experiência de te reconectar com tua humanidade, basta voltar a tua rotina e ir em busca do que te faz sentido agora. 

Percebe, não há erro. Há apenas escolhas coerentes com o momento de vida de cada um. 


Lei da Semeadura

Mas antes preciso trazer mais um tema importante e mesmo que pareça em um tom ameaçador garanto que não é está a intenção. O tema é sobre a Lei da Semeadura. 

Isso mesmo, tu já conheces, nada além do que, tu escolhes o que decidir para ti. Mas não escolhes o que colherás a partir delas. E se tu escolhes construir uma vida boa dia pós dia com atitudes construtivas, logo, terás resultados agradáveis. Mas se escolhes viver o que estás vivendo, os resultados não mudarão muito. 

Essa é mais uma questão presente no ambiente de Permanência. 

Enfim, agora preciso mesmo que te posicione: sentado na poltrona confortável ou caminhando em direção à porta de saída do Refúgio. 

Sim, chamamos este lugar de Refúgio. É um ambiente preparado para te permitir recordares de quem és e pode ser quem és sem máscaras e sem medo. 


E aí? 

Então, seja bem-vindo ser humano!

Comece sua jornada por aqui: QUANDO SER SUFICIENTE NUNCA É O BASTANTE.