O Despertar: O Retorno à Tua Humanidade Perdida


Tu já percebeste que há algo errado, não já?

Talvez não saibas exatamente o quê.

Mas sentes.

Sentes quando acordas e já estás cansado.
Sentes quando as pessoas falam contigo, mas não há presença.
E quando tua risada soa vazia, porque riste no automático, sentes?
Sentes quando olhas no espelho e não encontras ninguém ali.

Porque, de alguma forma, foste te apagando.

Foste deixando pedaços teus pelo caminho, um a um, em troca de pertencimento, de aprovação, de produtividade.

Foste apertando teus próprios sentimentos dentro de uma caixinha, porque “não dá tempo para isso agora”.

Engolindo a tua própria voz, porque “não era a hora de falar”.

Foste acelerando o passo, tentando acompanhar um ritmo que nunca foi o teu.

E um dia, sem perceber, tu viraste máquina.


O Golpe Perfeito: Como Te Roubaram de Ti

Ninguém te obrigou a nada.

Não houve uma ordem clara dizendo:
“A partir de agora, tu serás menos humano.”

Foi sutil.

Vieram com frases simples, que pareciam inofensivas:

“Dá pra ser mais rápido?”
“Tu és muito sensível.”
“Aqui é assim, acostuma-te.”
“A vida é dura, engole o choro.”

E tu acreditaste.

Aos poucos, tu foste se adaptando, endurecendo, moldando teus sentimentos para caber no mundo.

O problema?

O mundo nunca esteve preocupado com o teu bem-estar.

Ele só queria te tornar mais eficiente.

Mais silencioso.
Mais previsível.
Sempre obediente.

Até que um dia tu te olhaste no espelho e não reconheceste mais quem estava ali.


A caverna não é o fim: Quando Algo Dentro de Ti Acorda

Mas algo sempre escapa.

Mesmo que tenhas te programado para seguir o fluxo, uma hora, algo dentro de ti grita.

Pode ser um filme que te emociona mais do que deveria.
Pode ser um abraço que te desmonta, porque faz tempo que tu não sentias um de verdade.
Ou um momento de silêncio, onde, de repente, tudo parece pesado demais.

Isso é tua humanidade tentando te resgatar.

A lágrima presa na garganta.
O arrepio na pele.
O suspiro profundo, depois de um dia sufocante.

Tudo isso são sinais.

São o último vestígio de que tu ainda és humano.

E se há um vestígio, há um caminho de volta.


Reaprendendo a Sentir: O que a humanidade perdeu, mas você pode reencontrar

A máquina não precisa de pausa.
O humano, sim.

A máquina não sente saudade.
O humano, sim.

A máquina não se pergunta por que está fazendo o que faz.
O humano, sim.

Então, começa pequeno:

Quando foi a última vez que tu prestaste atenção no gosto da tua comida?
Quando foi a última vez que tu abraçaste alguém sem pressa?
E quando foi a última vez que tu te permitiste chorar?

O que é real, o que é genuinamente humano, não está no que tu entregas, no que tu fazes, no que tu corres atrás.

Está no que te move.

No que te toca.

No que faz o teu peito sentir que, por um instante, tu existes de verdade.


E Agora? Vais Voltar ou Seguir Dormindo?

O mundo ainda vai te cobrar.
Ainda vai te pedir velocidade, força, resiliência.

Mas, em algum momento, tu precisas decidir:

📌 Tu vais continuar no automático?
📌 Ou vais começar a caminhar de volta?

Tu não tens que saber todas as respostas agora.
Só precisas dar o primeiro passo.

E talvez, só talvez, o primeiro passo seja simplesmente sentir.


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